A Prefeitura de Itapira, através da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, recebeu no mês passado o prêmio Luiza Matida, uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo que reconhece as boas práticas e ações realizadas no município para a eliminação da transmissão vertical da sífilis congênita em 2022.
A premiação foi realizada na capital paulista no dia 26 de outubro, durante a programação da 5ª Semana Paulista de Mobilização Contra a Sífilis Congênita. A responsável técnica pela Vigilância Epidemiológica, Josemary Apolinário, esteve presente ao lado de parte da equipe. “Esse prêmio é resultado de um trabalho conjunto entre a Vigilância, a Rede Básica e o Hospital Municipal. São vários profissionais envolvidos e dedicados nesse trabalho”, enfatizou.
O município atingiu os critérios de dois indicadores em 2022: Taxa de sífilis congênita menor que 7,5 (município atingiu 7,4) e Percentual de casos de Sífilis congênita em relação aos casos de Gestantes com Sífilis menor que 25% (município atingiu 19%).
A sífilis uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Manifesta-se em três estágios: primária, secundária e terciária. Os dois primeiros estágios apresentam as características mais marcantes da infecção, quando se observam os principais sintomas e quando essa IST (Infecção Sexualmente Transmissível) é mais transmissível. Depois, ela desaparece durante um longo período: a pessoa não sente nada e apresenta uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em casos de indivíduos não tratados. A doença pode ficar, então, estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos, podendo inclusive levar à morte.
Além disso, há ainda a sífilis congênita, transmitida de mãe para filho durante a gravidez ou parto e que é resultado da infecção do feto pela bactéria causadora da sífilis, através da placenta. É uma doença grave e pode causar má formação do feto, sérias consequências para a saúde da criança ou até a morte.
No caso das gestantes, a porta de entrada para o tratamento da doença é sempre pela Unidade Básica de Saúde e durante o acompanhamento do pré-natal. Já as crianças expostas são acompanhadas por uma equipe especializada no Ambulatório de ISTs da Vigilância Epidemiológica.